No mundo da aromaterapia e cosmética natural, muito se fala sobre bases neutras. Movidos pela necessidade de incorporar óleos essenciais para tratamentos, muitos aromaterapeutas procuram por esse tipo de produto. Na cosmética natural, algumas pessoas querem incorporar ativos vegetais, na forma de extratos, para obter um cosmético mais personalizado, baseado em suas necessidades terapeuticas e preferencias pessoais em relação ao sensorial do cosmético, por exemplo, seu cheiro.
O que é então uma base? Uma Base é o ponto de partida para um cosmético, onde todos os outros ingredientes ativos serão adicionados. Os ingredientes que compõe uma base são basicamente os seguintes: óleo, água, emulsionante e conservantes, o que, tecnicamente, em uma base sintética, se traduz a isso: EDTA dissódico, Parabenos, Álcool cetílico, Álcool cetoestearílico, e outros aditivos que ajudam na estabilidade da formulação. A formulação completa consta no Formulário Nacional, que é o código oficial brasileiro onde estão inscritas formulações farmacêuticas oficiais, caso você queira dar uma olhadinha. Já em bases naturais, as mesmas classes de ingredientes são usadas, porém com ingredientes diferentes, geralmente de fonte natural ou derivados de forntes naturais. São alguns exemplos de nomes de ingredientes de bases naturais: Sorbitan olivate, Cetearyl olivate, Sorbic acid, Benzyl Alcohol, Xanthan gum, entre outros.
Pois bem, uma formulação base então, conta com muitas substâncias diferentes, e deve ser desenvolvida para ser inerte, ou seja, não reagir com os princípios ativos a serem incorporados nesse um creme ou loção. A função da base então, como o próprio nome já diz, é servir de fundação para os ingredientes ativos do medicamento ou cosmético e não interagir com eles.
As bases sintéticas são uma opção mais viável financeiramente pois o custo das matérias-primas é baixo e é por isso que esses ingredientes são largamente utilizados pela indústria.
Uma base natural, além é financeiramente mais cara, e não pode ser facilmente considerada inerte, já que possui várias substâncias em sua composição, que vem através dos óleos e manteigas vegetais. Essas bases são ideias para incorporação de ativos vegetais na cosmética natural e aromaterapia, mas podem não ser viáveis, pelo menos não sem amplo estudo, para a indústria farmacêutica de medicamentos e indústria cosmética tradicional. Esta última, já está percebendo a necessidade de reavaliação das matérias-primas utilizadas, e abrindo as portas para os ativos naturais.
Para resumir a inércia de um creme base sintético, pode-se dizer que neses cremes temos uma grande quantidade de substâncias químicas de origem sintética misturadas e que não devem reagir entre si e nem com os ativos introduzidos nessa formulação. Esse tipo de base é usado tanto para medicamentos quanto para cosméticos na indústria e também em farmácias de maniopulação.
Já nas bases naturais e orgânicas, há a grande vantagem do poder terapêutico da base usada, já que como falamos anteriormente, ela é composta de óleos vegetais, que ao contrário da sintética, composta por óleo mineral, proporcionam a adição de vitaminas, minerais e muitos benefícios na forma de ácidos graxos para a pele. Essa base, por si só, é fonte de muita nutrição e ativos benéficos para a pele, e combina propriedades hidratantes e fitoterápicas.
Um base natural pode inclusive ser muito dinâmica e combinar varias manteigas, óleos, ceras vegetais e hidrolatos, que podem ser escolhidas conforme o fim terapêutico desejado e servir de base para incorporar os mais diversos ativos botânicos na cosmética natural e aromaterapia.
Qual então a melhor base? A base natural proporciona inúmeros benefícios e deve ser a preferência para a aromaterapia e indispensável e insubstituível na cosmética natural. Já na industria farmacêutica de medicamentos, essa base pode não ter os requisitos necessários para incorporar alguns medicamentos, e a escolha da base sintética é a do caminho mais fácil.
A escolha então, depende da finalidade.